As ações afirmativas do Programa de Pós-graduação em Ecologia do IB-USP nasceram a partir de uma demanda-proposta organizada e articulada pelo Coletivo Bitita, coletivo negro formado por estudantes de graduação e pós-graduação do Instituto de Biociência-USP, em 2021. Como parte desta articulação, o Coletivo Bitita organizou o simpósio “Por que a pós-graduação da USP não tem cotas?” que reuniu especialistas e foi aberto para a comunidade do PPGE.
Como resposta a demanda-proposta do Coletivo Bitita, a CCP - Comissão Coordenadora do Programa do PPGE criou um GT - grupo de trabalho - formado por pessoas do Coletivo Bitita, e estudantes, docentes e funcionários do PPGE para discutir e propor um texto de edital de exame de ingresso com reserva de vagas para ações afirmativas para o programa. O GT desenvolveu um trabalho cuidadoso que envolveu a consulta a editais de outros programas de pós-graduação com reserva de vagas e discussões e conversas com especialistas e pessoas com experiência na luta e na aplicação de ações afirmativas. O trabalho do GT culminou com a proposta de edital de exame de ingresso com reserva de 50% das vagas para pessoas pretas, pardas e indígenas e vagas supranumerárias para pessoas com deficiência, pessoas trans e pessoas de comunidades tradicionais. A proposta foi debatida e aprovada em plenária do PPGE em agosto de 2021 e o primeiro edital com reserva de vagas ocorreu ainda em 2021.
Em outubro deste mesmo ano, a CCP-PPGE decidiu criar uma comissão permanente para apoiar a CCP em relação às ações afirmativas. Desde a sua criação, a CoPAF - Comissão Permanente para Ações Afirmativas é uma comissão diversa; seus oito membros titulares incluem dois representantes de coletivos, dois de discentes, dois de docentes e dois de funcionários. Nestes dois anos de existência, a CoPAF definiu seu regulamento interno (veja aqui), definiu sua missão (veja aqui) e desenvolveu uma série de ações (veja aqui).